sábado, 3 de setembro de 2011

Laboratório Especial Piloto de Pesquisa e Desenvolvimento de Imunobiológicos Veterinários


Atualmente, o instituto Butantan exerce diversas pesquisas, biotecnologias e produção de imunobiológicos (soros e vacinas) com uma parceria á Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo.

Dentre essas parcerias que o Butantan realiza, ele se constitui juntamente com o Laboratório Especial Piloto de Pesquisa e Desenvolvimento de Imunobiológicos Veterinários que recebe parcerias internacionais no desenvolvimento de Produtos e financiamento da FAPESP e FINESP, cooperação da USP,e IPEN.

Este Laboratório foi inaugurado em 2006 com intuito de pesquisas e desenvolvimentos de imunobiológicos. A saúde pública animal se interessa com o projeto realizado porque eles contribuem com o mercado e a saúde/bem-estar animal tanto nacional quanto internacionalmente.

O butantan realiza diversos projetos com o intuito de utilizar recursos para o Mercado Brasileiro. Existe também, uma parceria com outras empresas em busca de tecnologias e novidades.

O Laboratório de Imunobiológicos Veterinários possui uma equipe muito empenhada, contendo: Dois pesquisadores, dois assistentes de Medicina Veterinária, uma farmacêutica e o apoio de sete auxiliares. Apesar da equipe ser pequena, o que vale lá é o conteúdo e não a quantidade, sem contar que alguns processos exigem sigilo, segurança e ética.

São realizadas atividades como o cultivo de células e fermentação bacteriana através de máquinas incríveis e infelizmente, muitas vezes, apenas internacionais; como o diretor do LEPDIV, Dr. Celso P. Caricati disse, o Brasil deveria se empenhar mais no desenvolvimento de novas tecnologias.

O Lab. Especial Piloto de Pesquisas recebe visitação apenas de alunos autorizados, as visitas são raras no local e não podem ser realizadas em época experimental. Como o local possui Nível de Segurança II (como você já deve saber o que é através de postagens posteriores), possui todo um processo de vestimentas anterior á entrada para visitação; São fornecidos sacos plásticos a cada um dos estudantes (EPI), contendo tocas para cabeça, calça, camisa e sapatilhas (descartáveis). Em frente a entrada das salas de desenvolvimento, existe uma espécie de mureta, em que a parte do corpo desprotegida deve estar anterior a ela e a parte já com as vestimentas adequadas, deve estar do outro lado, ou seja, até mesmo para troca de roupa e segurança, existe todo um procedimento.

Já vestidos, os alunos da Pré-Iniciação científica cuja beneficamente o número era pequeno, entraram um por um em uma primeira sala principal. Digo ‘beneficamente’ em relação a quantia de pessoas por conta das salas serem reduzidas em seu tamanho.

Antes da conversa e palestra com o Dr.Celso, havia uma ideia inicial e um receio de todo o cuidado ser referente à segurança pessoal, porém, não é direcionado completamente a isso, literalmente ‘seria mais fácil infectarmos o local do que o local nos infectar’; apesar disso, todos os que trabalham no local, são vacinados e devem fazer exames de sangue mensalmente.

Continuando o processo de descrição do local, falarei um pouco sobre as salas. Em sua maioria, as sala possuem duas portas veladoras, em que uma só poderá ser aberta após a outra estar completamente fechada. Entre essas duas portas existe a já citada ‘mureta’ em que deveria haver uma troca de vestimenta novamente, tudo para evitar de infectarmos o local; como estávamos em visitação, não foi necessário este processo, mas os trabalhadores estão cientes e devem realizá-lo.

Abaixo, prossegue a listagem da Estrutura Laboratorial:
- Sala de Fermentação Bacteriana
- Sala de Produção Viral
- Sala de concentração e purificação
- Sala de formulação
- Sala de envase e recrave
- Salas de lavagem e preparo de materiais
- Salas de esterilização e despirogenização
- Sala de controle de processo
- Sala de expedição de produtos


Bom, agora, falando um pouco do que é produzido nas diversas salas, existem a construção da Vacina anti-rábica (com cultivo celular e peptonas vegetais em cultura), vacina polivalente, pesquisas com adjuvantes oleosos (vindo da amazônia), estudos das formas dos produtos biológicos (liquido ou liofilizado).
Agora, referindo-me sobre os equipamentos, admito que devo elogiá-los. O laboratório abrange máquinas incríveis e muito desenvolvidas com funções inigualáveis:
- Biorreator para cultivo celular
- Forno e autoclave
- Microscópios invertidos (para visualização de cultura de células)
- Módulo Fluxo Unidirecional
- Autoclave Barreira
- Capela Fluxo Unidirecional
- Câmara Fria (para insumos, matérias primas)
- Estufas e Centrífugas
- Botijão de Nitrogênio

É muito importante as parcerias que existem dentro do Laboratório de Imunobiológicos Veterinários e o Butantan, as máquinas são todas financiadas através de acordas entre outros.

Curiosidade I: Você sabe qual é a função de uma vacina? Muitos confundem a sua real função. Pois bem, a vacina é feita com o intuito de um processo de imunização responsável por proteger o animal de doenças, ela não impede infecções, mas impede o surgimento de uma doença que se agrave. A vacinas que estão em pesquisa são: Raiva (infecções em cães, gatos, morcegos) e Clostridium (fatal para bovinos, ovinos e outros ruminantes).

Curiosidade II: Os vírus não sabem se multiplicar sozinhos, eles entram na célula e aí sim, ela reproduz outros vírus.

Finalmente, finalizo esta narrativa informativa agradecendo a toda equipe do LEPDIV pela oportunidade de visitação e principalmente ao Veterinário, Diretor e Pesquisador Celso P. Caricati pelas preciosas informações.

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Texto Por: Camila A. S. Pellicciari

Um comentário:

  1. Pessoal, essas fotos não são do laboratório descrito na postagem. É legal colocar a fonte de onde foram tiradas essas imagens e que são apenas ilustrativas!

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